"Agita-se a natureza, agita-se o meu coração"...
José Gomes
"Chuviscos"... pretende ser um blog que espelha o sentido, o estado de alma e as confusões do seu autor... e que cada vez são mais!!! Mas neste mundo onde impera a confusão, não é nada de estranhar!
José Gomes
Acabo de roubar esta imagem e o seu simbolismo ao amigo Ludovicus Rex (Momentos & Documentos).
Porque uma imagem vale mais que mil palavras deixo-vos com a tradução gráfica das palavras do sr. Mário Lino…
Zeca Afonso em "O que faz falta"...
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José Gomes
Limpar o Rio Almorode / Participação - Divulgação |
O rio Almorode é um rio do concelho da Maia, um afluente do Rio Leça. Nasce na freguesia de S. Pedro de Avioso e no seu percurso, antes de desaguar no Rio Leça, na freguesia de Milheirós, passa por Santa Maria de Avioso, Gondim, Vermoim e Nogueira.
(in Wikipédia)
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Façamos dos rios deste país verdadeiros Rios de Vida, de margens verdes, de águas límpidas, verdadeira fonte de Saúde e de bem estar, senão para nós, para os nossos filhos!...
Ajudem a divulgar estas iniciativas.
José Gomes
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Momento, na voz de Pedro Abrunhosa, foi o tema que escolhi para ilustrar este blog.
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"Espelho meu, espelho meu..." - Milú Gomes 2007
Hipermercados abertos nas tardes de domingo e feriados
(Campanha para pedir ao Governo liberalização do horário de funcionamento)
“A APED (Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição) voltou a pedir ao Governo que liberalize o horário de funcionamento dos hipermercados. (… a APED vai voltar a pressionar para que os hipermercados possam estar abertos aos domingos e aos feriados durante a tarde. (…) Além disso, será feito um abaixo assinado nas grandes superfícies e na Internet. Um apelo à mobilização dos consumidores nas próximas duas semanas. (…).”
Fui duas vezes a dois hipermercados desta cidade e fui confrontado por uma funcionária que me pediu a minha opinião sobre a abertura dos hipermercados aos domingos e feriados à tarde. E pegou numa folha sarrabiscada com meia dúzia de assinaturas… face à minha pergunta "qual era a sua opinião sobre este horário e se isto iria melhorar a sua situação laboral", rapidamente recolheu o papel das assinaturas enquanto a sua cara ruborescia.
Hoje visitei outro hipermercados e quando pagava as compras, a funcionária perguntou-me a minha opinião sobre a abertura dos hipermercados aos domingos e feriados à tarde e estendeu-me a folha de papel com pouco mais de uma dúzia de assinaturas. Respondi da mesma forma da vez anterior... rapidamente recolheu a folha, agradecendo-me com um sorriso.
Desta vez pedi-lhe a folha dos clientes que estão contra esta iniciativa das empresas que gerem estas mercearias em tamanho ultra. Espanto dos espantos… só havia uma folha! Precisamente aquela com os clientes que querem os hipermercados abertos ao domingo e feriados!!!
Já sei, amanhã o Zé povinho vai ser bombardeado com a seguinte notícia: "no inquérito que decorreu nestas últimas semanas, os clientes mostraram a sua satisfação ao aderirem esmagadoramente à campanha para a abertura dos hiper aos domingos e feriados à tarde".
Senhores da APED, deixem os clientes expressarem, realmente, a sua vontade! Mostrem, também, quem não compactua com esta nova forma de escravidão! Deixem que os clientes que não concordam com a vossa intenção expressar o seu voto NÃO.
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"O que faz falta" - Zeca Afonso
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O Laço de Fita
Castro Alves
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Castro Alves nasceu em 14 de Março de 1847, na vila de Curralinho, no Brasil.
Começou a estudar Direito em 1864 na cidade do Recife acabando por concluir o curso, em S. Paulo, em 1868. Foi considerado um mau estudante mas muito bom poeta.
Em 1862 escreveu o poema "A Destruição de Jerusalém", em 1863 "Pesadelo", "Meu Segredo", já inspirado pela actriz Eugénia Câmara, "Cansaço", "Noite de Amor", "A Canção do Africano" e outros.
"A poesia", dizia, "é um sacerdócio — seu Deus, o belo — seu tributário, o Poeta." O Poeta derramando sempre uma lágrima sobre as dores do mundo. "É que", acrescentava, "para chorar as dores pequenas, Deus criou a afeição, para chorar a humanidade — a poesia."
A partir de 1864 apaixonou-se pelas grandes causas da liberdade e da justiça — as lutas da Independência na Baia, a insurreição dos negros de Palmares, o papel civilizador da imprensa e a campanha contra a escravidão. Começou a escrever sobre o sofrimento dos negros escravos (O Navio Negreiro) e o martírio de todo um continente (Vozes d'África).
Em S. Paulo, nos fins de 1868, feriu-se num pé com um tiro acidental numa caçada, do que resultou uma longa enfermidade, que levou o poeta a ter que se submeter a várias intervenções cirúrgicas, acabando por ter que amputar o pé.
A sua saúde foi-se degradando, conduzindo-o a uma tuberculose pulmonar que o viria a vitimar em 1871.
(Era este o trabalho que tinha preparado para a Noite de Poesia de Vermoim. Mas – será da idade?!!! – por qualquer carga de água deixei-o em casa. As minhas desculpas a Castro Alves e a todos aqueles que poderiam ter descoberto mais cedo este poeta brasileiro do século XIX).
José Gomes
Trova do Vento Que Passa
Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
Há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.
Música: António Portugal
Intérprete: Adriano Correia de Oliveira – 1994